A impressora de etiquetas tem diversas utilidades, sobretudo na área de logística. O desenvolvimento tecnológico das últimas décadas permitiu que o fluxo de mercadorias ao redor do mundo se expandisse, alcançando novos mercados e clientes. Esse é um processo histórico. O próprio desenvolvimento da civilização se deu por meio do intercâmbio cultural através do comércio. “O contato entre as diferentes civilizações criou chances para a troca de conhecimentos e técnicas que impulsionaram a nossa evolução. As rotas por terra da Europa à Ásia, e a partir do século XIV, via mar, intensificou esse o contato entre os povos e levou a chegada dos europeus a América. Tudo motivado pela exportação e importação”, conta o historiador Marcel Mendes Munis.
Na logística moderna, a impressora de etiquetas é o primeiro passo para toda uma cadeia de informações que mantém todos os envolvidos, clientes, fornecedores e as empresas de transporte, cientes da localização detalhada de cada produto ou lote de mercadorias. “Hoje, o aprimoramento dos sistemas de logística traz vantagens competitivas as empresas, e vale o investimento, porque há um aumento significativo de produtividade, redução de custos, e de tempo de entrega. Essa cadeia começa na identificação competente de cada unidade, usando uma impressora de etiquetas e códigos de barras, colocamos todas as informações importantes no sistema, que pode ser acompanhado em tempo real”, explica Leandro dos Anjos, gerente de uma transportadora na grande São Paulo.
No crossdocking, a impressora de etiquetas é ainda mais importante, porque nesta modalidade de logística, o objetivo é eliminar a necessidade da estocagem das mercadorias. “Basicamente, nós recebemos o caminhão em um dos lados do armazém e enquanto seu conteúdo é descarregado, na área de expedição, do outro lado do prédio, há outro caminhão, muitas vezes de menor porte, já está à espera das mercadorias. Elas são encaminhadas ao seu destino por esteiras automáticas, equipadas com scanners que leem o código de barras, e definem o caminho até o outro veículo de transporte. E isso só é possível porque na emissão da carga, uma impressora de etiquetas foi usada na identificação da sua procedência e destino”, acrescenta Leandro.
A impressora de etiquetas utiliza impressão térmica para marcar os adesivos. Há duas técnicas diferentes: impressão térmica e de transferência térmica. A primeira usa sua cabeça de impressão para aquecer de forma seletiva diretamente o papel criando a imagem ou texto. Já na transferência térmica, o calor é aplicado sobre uma cera em forma de uma fita sensível, que ao ser derretida é borrifada no papel. “A impressora de etiquetas de transferência térmica é mais indicada quando há a necessidade de uma impressão mais duradoura”, diz o técnico eletrônico Fabiano Pereira.
“A impressora de etiquetas aliada aos softwares e a capacidade de telecomunicações e o crossdocking permite que uma fruta produzida aqui no Brasil seja consumida em qualquer lugar do mundo. É algo espetacular, agora, imagine se os portugueses do século XV tivessem tudo isso a disposição? Seus lucros com as especiarias seriam ainda maiores”, finaliza o historiador Marcel.