A tecnologia do coletor de dados caiu na graça de vários segmentos, entretanto, nenhum deles têm o equipamento em tanta estima como a área de logística. “Em conjunto com o código de barras, esse aparelho revolucionou a nossa forma de trabalhar. Hoje não é mais possível ver funcionários com pranchetas e a cabeça cheias. Isso ficou no passado”, diz José Ferreira Marinho, empresário do ramo há trinta anos. “Quando comecei era tudo no papel e com folhas de papel carbono. Hoje, é via sistema, mais prático e limpo também”.
Um coletor de dados com leitor de código de barras permite ao funcionário ter na tela do aparelho todas as informações de procedência e destino daquela mercadoria com um único clique, e ele pode processar seu envio de forma muito mais eficaz. “No nosso centro de distribuição, muitas vezes a carga de um caminhão pode se dividir para duas ou três filiais, e separar cada pedido é muito mais fácil com um coletor de dados, ele evita confusões de pedidos errados e garante o nosso emprego”, conta o supervisor da área de embarque Patrick Junqueira.
O coletor de dados tem as mesmas funções de um computador, mas com as limitações que seu tamanho impõem. Entretanto, o tamanho é sua maior qualidade, porque em termos de memória, capacidade de processamento e de conexão, eles não deixam nada a desejar. E além das funções de um computador, eles podem ser equipados com leitor de códigos de barra, de etiquetas RFID, que usam ondas de rádio para mostrar suas informações e localização. Com essa tecnologia não é necessário que o material esteja visível para ser alcançado. Alguns modelos da Motorola, ainda incluem um sistema de comunicação via rádio, compatível com outros aparelhos da empresa. “É como um verdadeiro cinto de utilidades. Todos se surpreendem quando eu aperto um botão e começo a falar com a central que enviou a carga”, brinca Patrick.
O coletor de dados com leitor de RFID consegue administrar estoques demarcados no nível de item, que para algumas cadeias de distribuição é fundamental. E além disso, a organização se torna muito mais prática. “Com a tecnologia RFID, eu consigo fazer uma auditoria das entregas de fora do caminhão, e já salvo em sistema, encaminhando a mesma configuração para o recebedor”, diz Patrick. “Você consegue processar pedidos de forma muito mais rápida, porque o sistema permite a leitura em até seis metros de distância, e recebendo mais de um sinal ao mesmo tempo. É como se tivéssemos dois ou três funcionários a mais”, diz o empresário Marinho.
O coletor de dados está na vanguarda da tecnologia de logística e ganha cada vez mais espaço em outros segmentos. Esse aumento das vendas e diversidades de clientes só vai expandir as possibilidades de hardware e software. Melhorando cada vez mais os produtos. Tudo para que a sua entrega chegue na hora e no local correto.